sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Lembras-te?

 (Para a Eloí)



    Minha lanterna andante, meu cachorrinho de cego...
   Perdidos naquela Babilônia, nem sei bem se eras o caminho...
   Se, acaso, eras a verdade...
   Eu sei apenas que Tu és a Vida!

   Mario Quintana (A cor do invisível, p 30)




Citando Florbela Espanca...


Fanatismo

Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão do meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa..."
Quando me dizem isto, toda a graça 
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como um Deus: Princípio e Fim!"



Fonte: (Sonetos Forbela Espanca. Lisboa: Biblioteca Ulisseia de autores portugueses, 1990. p 65)




4 comentários:

  1. Lu, obrigada pela visitinha também! Temos pelo menos uma coisa em comum. Amamos Quintana.Por isso te sigo e te visito sempre.
    Grande abraço, e lindo fim de semana!

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  2. Lu não sei se me encanto mais pelas citações,
    ou pelas escolhas dos vídeos.


    amei tudo!!


    Bjss e boa noite!!

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  3. .

    O quarteto hoje foi incrível!

    Além do Quintana, outras três paixões que tenho.

    A florbela, dispensa comentários. A Flor(mais)bela de Portugal!

    O Fagner e o Zeca juntos é um presente dos céus. rsrs

    Complementando teu comentário:

    'Em meio aos toros que desabam, cantemos a canção das chamas!'

    Em negrito, hein! rsrs

    Amei!!!!

    .
    .

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  4. Concordo com a Suzi. Quarteto fantástico!
    Amo esse poema da Florbela...sempre intensa!
    E seu blog cada dia mais lindo hein! Beijos.

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