"Dai-me a alegria / Do poema de cada dia. / E que ao longo do caminho / Às almas eu distribua / Minha porção de poesia" (Mario Quintana - A cor do invisível. São Paulo: Globo, 2005. p 142)
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Esses inquietos ventos
Esses inquietos ventos andarilhos
Passam e dizem: "Vamos caminhar,
Nós conhecemos misteriosos trilhos,
Bosques antigos onde é bom sonhar...
E há tantas virgens a sonhar idílios!
E tu não vieste, sob a paz lunar,
Beijar os seus entrefechados cílios
E as dolorosas bocas a ofegar..."
Os ventos vêm e batem-me à janela:
"A tua vida, que fizeste dela?"
E chega a morte: "Anda! Vem dormir..."
Faz tanto frio... E é tão macia a cama:
Mas toda a longa noite inda hei de ouvir
A inquieta voz do vento que me chama!
(1935)
Mario Quintana (A cor do invisível, p 128)
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ResponderExcluirLu, você me encanta com suas postagens!
Afinal, como não se encantar com o Quintana? Pura emoção!
"A inquieta voz do vento que me chama!"
Vou seguí-la... Para onde me levará?
Não sei... vou indo com ela.
Beijos, querida!
Amo sua presença luz!
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ResponderExcluirLu, já sigo o blog "Meu olhar caleidoscópio" há um bom tempo, hoje passei a seguir com meu outro blog.
Por coincidência estou usando a mesma frase no msn "Ninguém nunca precisou de restos para ser feliz."
Beijos, menina encantada.
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