O quadro na parede abre uma janela
que dá para o outro mundo
deste mundo...
Um mundo isento de rumores
e de mil flutuações atmosféricas
- alheio a toda humana contingência...
Onde um momento é sempre
e o mal e o bem não têm nenhum sentido...
Mundo
em que forma também é a própria essência.
Ó Vida
Transfixada ao muro - e que palpita,
entanto,
num misterioso, eterno movimento!
Mario Quintana (A cor do invisível, p 38)
Imagem: Claude Monet ("Mulher com sombrinha", 1875)
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