segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Poema para uma exposição


                 
    O quadro na parede abre uma janela
    que dá para o outro mundo
    deste mundo...

    Um mundo isento de rumores
    e de mil flutuações atmosféricas
    - alheio a toda humana contingência...

    Onde um momento é sempre
    e o mal e o bem não têm nenhum sentido...

    Mundo
    em que forma também é a própria essência.

    Ó Vida
    Transfixada ao muro - e que palpita,
    entanto,
    num misterioso, eterno movimento!

    Mario Quintana (A cor do invisível, p 38)



      Imagem: Claude Monet ("Mulher com sombrinha", 1875)

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