"Dai-me a alegria / Do poema de cada dia. / E que ao longo do caminho / Às almas eu distribua / Minha porção de poesia" (Mario Quintana - A cor do invisível. São Paulo: Globo, 2005. p 142)
segunda-feira, 2 de maio de 2011
Vida
Não sei
o que querem de mim essas árvores
essas velhas esquinas
para ficarem tão minhas só de as olhar um momento.
Ah! se exigirem documentos aí do Outro Lado,
extintas as outras memórias,
só poderei mostrar-lhes as folhas soltas de um álbum de imagens:
aqui uma pedra lisa, ali um cavalo parado
ou
uma
nuvem perdida,
perdida...
Meu Deus, que modo estranho de contar uma vida!
Mario Quintana (Esconderijos do tempo, p 45)
Imagem: www.deviantart.com
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Quintana escrevia com a alma...
ResponderExcluirLer suas palavras me dão a impressão de estar olhando meu reflexo em um espelho que vê além do meu interior.
Quintana é eterno!
"que modo estranho de contar uma vida"
ResponderExcluirlindo...
Lindo querida! Aqui é um blog que nos serve até como pesquisa... Adoro tudo por aqui!!
ResponderExcluirGrande beijo!!
Até mais...