terça-feira, 15 de março de 2011

Da viuvez



        Ele está morto. Ela, aos ais.
        Mas, neste lúgubre assunto,
        Quem fica viúvo é o defunto...
        Porque esse não casa mais.

        Mario Quintana (Espelho mágico, p 53)


           Imagem: www.deviantart.com

3 comentários:

  1. .

    hahahaha... muito bom!

    ... e bem verdade.

    "Era por uma destas noites vagarosas do inverno em que o brilho do céu sem lua é vivo e trêmulo; em que o gemer das selvas é profundo e longo; em que a soledade das praias e ribas fragosas do oceano é absoluta e tétrica.

    Era a hora em que o homem está recolhido nas suas mesquinhas moradas; em que pelos cemitérios o orvalho se pendura do topo das cruzes e, sozinho, goteja das bordas das campas, em que só ele chora os mortos. As larvas da imaginação e o gear noturno afastam do campo-santo a saudade da viúva e do órfão, a desesperação da amante o coração despedaçado do amigo. Para se consolarem, os infelizes dormiam tranqüilos nos seus leitos macios!... enquanto os ver­mes iam roendo esses cadáveres amarrados pelos grilhões da morte. Hipócritas dos afetos humanos, o sono enxugou-lhes as lágrimas!" (Alexandre Herculano)

    Sua postagem me lembrou mais um trecho de um livro. rsrs

    Beijo grande, Lu!

    Meu sempre carinho.

    .
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