"Dai-me a alegria / Do poema de cada dia. / E que ao longo do caminho / Às almas eu distribua / Minha porção de poesia" (Mario Quintana - A cor do invisível. São Paulo: Globo, 2005. p 142)
terça-feira, 29 de março de 2011
Confissão
Que esta minha paz e este meu amado silêncio
Não iludam a ninguém
Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
Acho-me relativamente feliz
Porque nada de exterior me acontece...
Mas,
Em mim, na minha alma,
Pressinto que vou ter um terremoto!
Mario Quintana (Velório sem defunto, p 69)
Imagem: www.deviantart.com
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É sempre lindo.
ResponderExcluirPressintir um terremoto é de deixar qualquer um com medo,mas a Mário deixava feliz!
ResponderExcluirLindos versos!
Beijosss
Somos responsáveis pelas nossas tempestades e ventanias, da mesma forma que pelas doçuras que cativamos... Um abraço.
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