terça-feira, 29 de março de 2011

Confissão



    Que esta minha paz e este meu amado silêncio
    Não iludam a ninguém
    Não é a paz de uma cidade bombardeada e deserta
    Nem tampouco a paz compulsória dos cemitérios
    Acho-me relativamente feliz
    Porque nada de exterior me acontece...
    Mas,
    Em mim, na minha alma,
    Pressinto que vou ter um terremoto!

    Mario Quintana (Velório sem defunto, p 69)




Imagem: www.deviantart.com

3 comentários:

  1. Pressintir um terremoto é de deixar qualquer um com medo,mas a Mário deixava feliz!
    Lindos versos!
    Beijosss

    ResponderExcluir
  2. Somos responsáveis pelas nossas tempestades e ventanias, da mesma forma que pelas doçuras que cativamos... Um abraço.

    ResponderExcluir